Radiofrequência

Radiofrequência endovenosa é uma técnica que evoluiu muito nos últimos anos. Aparelhos, material e a experiência técnica do procedimento propiciam atualmente ótimos resultados, com diminuição dos riscos cirúrgicos e poucas complicações pós-operatórias.

Diferentemente do que as pessoas imaginam, a maioria das safenas que precisa ser tratada, não está entupida, mas sim funcionando de forma inadequada. O sentido do sangue nas safenas é do pé para a barriga. Quando a safena está funcionando de forma errada, o sangue além de ir pra cima, reflui para baixo, ocasionando uma turbulência, o que aumenta a pressão do sangue nessa veia, propiciando uma dilatação cada vez maior. Assim, a saída é interromper a circulação nessa safena, o que vai possibilitar que o sangue passe por outras veias com melhor condição. É exatamente isso que faz a Radiofrequência. Ela bloqueia a safena que está sendo tratada, de forma que não passe mais sangue por ela, resolvendo o problema existente.

É importante salientar que a safena não faz falta para a circulação das pernas. Somente 10 a 15% do sangue das veias circulam por ela. O restante passa por veias mais profundas. Portanto, sempre que possível preservamos a safena, mas quando ela está insuficiente, o seu tratamento não irá trazer nenhum dano à circulação das pernas.

A ablação por Radiofrequência consiste na passagem de um cateter especial pela safena a ser tratada, guiado pelo ultrassom. A partir do momento que o cateter está na posição correta, o mecanismo começa a ser disparado, ocasionando lesão térmica nessa veia, com seu fechamento. Ao final do procedimento, as varizes previamente marcadas são retiradas por microincisões.

Esta técnica possui várias vantagens:

  • Menor sangramento, menor risco de lesão em estruturas vizinhas, o que diminui risco cirúrgico.
  • Melhor resultado estético, pois tudo é feito com microincisões, menos hematomas.
  • Recuperação pós-operatória rápida.
  • Sempre feita guiada pelo ultrassom, desde seu mapeamento, o que permite um melhor planejamento cirúrgico e uma melhor avaliação intraoperatória.